quarta-feira, 8 de abril de 2009

Galeria de Fotos







Fotos: Divulgação/Cirque du Soleil

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Depoimentos de alunos e instrutores do Picolino

Romário Santos de Assis, 18, aluno (foto) - "O circo muda a vida de alguém", diz o rapaz, que sonha em ser um grande artista.Romário considera o Soleil "maravilhoso" e quer assisitir novamente uma apresentação do circo canadense. Ele viu o espetáculo Alegria, em Minas Gerais, em 2007.

Rebeca Almeida da Silva, 14, aluna - A garota lembra que o treinamento exige "esforço". Rebeca adora o mundo mágico do circo, mas ainda não sabe se pretende seguir carreira.

Evelin Baldoino, 14, aluna - Não tem dúvida: pretende ser artista de circo.

Nina Porto, 27, instrutora - "O Soleil trabalha apenas com a fantasia", observa Nina, pontuando o lado que considera negativo no circo canadense. Ela acredita que o circo, como expressão artística, deve sair um pouco do sonho e mostrar a realidade da população. Nina assisitiu o Soleil em Minas Gerais, em 2007.

Edi Carlos, 29, instrutor - Ele relata que não acompanha muito o trabalho do Soleil e ressalta que o Picolino tem um trabalho diferenciado, mostrando o cotidiano das pessoas.

Foto: Cassandra Barteló

História do Soleil


A companhia canadense Cirque du Soleil nasceu, no início da década de 80, quase por acaso, quando um grupo de artistas de rua da cidade de Quebec, o Club des Talons Hauts (Clube dos Saltos Altos), decidiu expressar de forma diferente sua paixão pelas artes circenses através de um festival.

Sob direção de Guy Laliberté, surgia o Cirque du Soleil que logo se destacaria no cenário das artes visuais como uma nova forma de circo baseada na combinação de arte circense e arte de rua. A intenção declarada da companhia, com seus espetáculos, é despertar a imaginação, suscitar emoções e provocar os sentidos das pessoas do mundo inteiro.

A empresa Cirque du Soleil emprega 4 mil funcionários de 40 países diferentes, dos quais mil são artistas. Desde que foi criado, em 1984 foi visto por mais de 80 milhões de espectadores em mais de 200 cidades do mundo inteiro. Atualmente, o Cirque apresenta oito shows em turnê.

Ao longo de 2009, serão 20 shows apresentados simultaneamente em todos os continentes. Embora seu foco principal seja a expressão artística, o Soleil também investe em áreas como música, TV, DVD, filmes, comercialização e licenciamento de produtos e outros projetos.


Crédito: Divulgação/Cirque du Soleil

domingo, 5 de abril de 2009

Espetacular anonimato

Quidam é a terceira produção do repertório do Cirque Du Soleil e é reconhecida internacionalmente pela teatralidade e números de impacto. Com 2h30 de duração, combina performances acrobáticas, domínio técnico, figurinos e cenários extravagantes.



O espetáculo é dirigido por Franco Dragone e tem direção criativa de Gilles Ste-Croix. Com trilha de autoria de Benoit Jutras tocada ao vivo, trata do indivíduo que vive na sociedade anônima, um alguém no meio da multidão sem nome e silenciosa.



Desde que estreou no Canadá, em 1996, Quidam já foi visto por mais de 9 milhões de espectadores em 20 países. No palco, se revezam 51 artistas de 15 nacionalidades entre acrobatas, ginastas, palhaços, atores, músicos, cantores, dançarinos e demais artistas circenses.



Ao todo, são usados mais de 250 figurinos, 200 pares de sapatos e 500 objetos de cena, além de plataformas invertidas suspensas que trazem os artistas à cena.



O Cirque du Soleil volta ao Brasil e vem pela primeira vez a Salvador para uma série de apresentações do espetáculo Quidam entre os dias 13 e 23 de agosto. Os ingressos já estão à venda para clientes do Bradesco Prime e dos cartões American Express, mas o restante do público poderá adquirir seus ingressos somente a partir de 25 de março pelo site oficial do Cirque Du Soleil. Os ingressos variam de R$ 230 a R$ 680. No site, o público pode conferir a posição das cadeiras distribuídas pela Grand Chapiteau, a imensa lona de 2.500 lugares que sempre é montada pela companhia nos locais em que se apresenta.

INGRESSOS

Tapis Rouge (área vip) R$ 680
Especial R$ 490
Categoria 1 R$ 420
Categoria 2 R$ 350
Categoria 3 R$ 230

Trajetória do Circo Picolino


A Escola Picolino de Artes do Circo, conhecida como Circo Picolino, foi criada em 1985 por Anselmo Serrat e Verônica Tamaoki. Desde o início, abre espaço para trabalhos sociais, o que foi intensificado a partir de 1991. Em 1997, isso é oficializado com a criação da Associação Picolino de Artes do Circo, que utiliza a arte-educação com o público infanto-juvenil.

O Circo Picolino formou mais de 2.000 crianças. Algumas continuaram na área e entraram para grandes companhias circenses no Brasil e exterior, como o Cirque du Soleil. Aliado ao trabalho social, a Companhia de Circo Picolina apresenta espetáculos como Panos, Batuque, Guerreiro e
cenascotidianas@cir.pic, que trazem aspectos da cultura brasileira para o picadeiro. A cultura nordestina e baiana ganham ênfase neste cenário.

A Companhia é formada por 25 jovens artistas, que saíram da escola Picolino. Em 1998, eles participaram de turnês pela Europa e já ganharam prêmios com alguns espetáculos. O projeto Pano aborda a cultura baiana em uma homenagem ao candomblé.

O grupo volta a falar dos orixás no espetáculo Batuque, criado em 1999. Desta vez, o cenário são as nações dos candomblé; Angola, Gêge, Ketu e Ijexá. A ideia é representar os batuques desse povo. Já o projeto Guerreiro, formado em 2000, faz uma homenagem aos 20 anos de morte do cineasta Glauber Rocha.

Em seguida, o Picolino retrato o livro “Viva o Povo Brasileira”, de João Ubaldo Ribeiro, que utiliza o teatro, dança, poesia e música eletrônica para retratar o brasileiro.
Foto: Divulgação Picolino

Entrevista: Anselmo Serrat

O circo brasileiro deve usar a cultura regional como referência para a construção dos seus espetáculos, de acordo com o coordenador do Circo Picolino, Anselmo Serrat. Em entrevista ao blog Picadeiro, ele fala sobre o Cirque du Soleil e sua influência na arte circense.








1-Como você avalia a linguagem do Soleil e como esta linguagem se aproxima da utilizada nos demais circos? (Ouça)
2- O Soleil utiliza o glamour e se aproxima da TV, assim é a segunda indústria de entretenimento do mundo. Esse é o caminho? (Ouça)
3- Como alcançar o grande público como o Soleil faz? (Ouça)
4- A que você atribui a receptividade ao circo? (Ouça)

5- Qual a principal característica do novo circo? (Ouça)
6- Qual o futuro do circo? (Ouça)



Foto: Cassandra Barteló







Respeitável público! - Ops! O apresentador do circo sumiu



A aproximação da primeira apresentação do Cirque du Soleil em Salvador, em agosto, traz a tona a discussão sobre a linguagem deste grupo, que é considerado a 2º maior indústria de entretenimento do mundo, e uma referência desta arte.

Primeira escola de circo do Nordeste e quarta do Brasil, a Picolino possui identificações e diferenças com o Soleil. O coordenador do projeto, Anselmo Serrat, observa que a linguagem do circo canadense de contar uma história já era utilizada pelo grupo baiano, fundado em 1985.

Para Serrat, o grande marco do Soleil é tirar a função de apresentador do espetáculo, mas o coordenador do Picolino ressalta que o circo brasileiro não deve seguir o caminho do canadense, que, de acordo com ele, possui uma visão européia. Serrat diz que o circo brasileiro deve dar espaço a cultura brasileira, retratando seu povo. Para ele, este é o futuro do circo.

Essa visão é compactuada pelos instrutores do Picolino, que ressaltam a narração do cotidiano do povo no Picolino. Já os alunos, que assistiram o espetáculo do grupo canadense Alegria, encenado em Minas Gerais, agora estão ansiosos ver a apresentação do Quidam em Salvador.

Confira galeria de fotos do Quidam.

Foto: Divulgação Picolino