



Fotos: Divulgação/Cirque du Soleil
Romário Santos de Assis, 18, aluno (foto) - "O circo muda a vida de alguém", diz o rapaz, que sonha em ser um grande artista.Romário considera o Soleil "maravilhoso" e quer assisitir novamente uma apresentação do circo canadense. Ele viu o espetáculo Alegria, em Minas Gerais, em 2007.

O circo brasileiro deve usar a cultura regional como referência para a construção dos seus espetáculos, de acordo com o coordenador do Circo Picolino, Anselmo Serrat. Em entrevista ao blog Picadeiro, ele fala sobre o Cirque du Soleil e sua influência na arte circense.
A aproximação da primeira apresentação do Cirque du Soleil em Salvador, em agosto, traz a tona a discussão sobre a linguagem deste grupo, que é considerado a 2º maior indústria de entretenimento do mundo, e uma referência desta arte.
Primeira escola de circo do Nordeste e quarta do Brasil, a Picolino possui identificações e diferenças com o Soleil. O coordenador do projeto, Anselmo Serrat, observa que a linguagem do circo canadense de contar uma história já era utilizada pelo grupo baiano, fundado em 1985.
Para Serrat, o grande marco do Soleil é tirar a função de apresentador do espetáculo, mas o coordenador do Picolino ressalta que o circo brasileiro não deve seguir o caminho do canadense, que, de acordo com ele, possui uma visão européia. Serrat diz que o circo brasileiro deve dar espaço a cultura brasileira, retratando seu povo. Para ele, este é o futuro do circo.
Essa visão é compactuada pelos instrutores do Picolino, que ressaltam a narração do cotidiano do povo no Picolino. Já os alunos, que assistiram o espetáculo do grupo canadense Alegria, encenado em Minas Gerais, agora estão ansiosos ver a apresentação do Quidam em Salvador.
Confira galeria de fotos do Quidam.
Foto: Divulgação Picolino